quinta-feira, 2 de julho de 2020

Qual o papel das instituições de ensino em meio à pandemia do COVID-19?

<p>A edição de 2014 do <strong>Enem</strong> contou com a participação de 15,5 mil idosos, fato que representou um aumento de 42% candidatos desta faixa etária comparado ao ano anterior. No entanto, este não foi um fato exclusivo desta edição, já que, desde 2009, o número de inscritos com mais de 60 anos triplicou. Em outras palavras, <strong>o mito de que a idade é um empecilho para voltar a estudar tem ficado para trás</strong> e, cada vez mais, pessoas com mais idade procuram maneiras de complementarem seus estudos.<br/><br/></p><p><span style=color: #333333;><strong>Veja também:</strong></span><br/><a style=color: #ff0000; text-decoration: none; text-weight: bold; title=Entenda por que a idade não é uma barreira para aprender novos idiomas href=https://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2015/02/23/1120330/entenda-idade-barreira-aprender-novos-idiomas.html>» <strong>Entenda por que a idade não é uma barreira para aprender novos idiomas</strong></a><br/><a style=color: #ff0000; text-decoration: none; text-weight: bold; title=Veja como se preparar para o Enem 2015 href=https://noticias.universia.com.br/tag/enem-2015/>» <strong>Veja como se preparar para o Enem 2015</strong></a><br/><a style=color: #ff0000; text-decoration: none; text-weight: bold; title=Todas as notícias de Educação href=https://noticias.universia.com.br/educacao>» <strong>Todas as notícias de Educação<br/><br/></strong></a></p><p>Se você se identificou com este cenário e, hoje, tem interesse em <span style=text-decoration: underline;><a title=Infográfico: O que fazer antes de começar sua graduação nos Estados Unidos href=https://noticias.universia.com.br/estudar-exterior/noticia/2015/07/16/1128386/infografico-fazer-antes-comecar-graduacao-estados-unidos.html>começar uma graduação</a></span>, embora ainda não tenha certeza se esta é uma boa ideia, <strong>confira 3 sinais que demonstram que você está pronto para ser um universitário</strong>:<br/><br/></p><p><strong>1 – Você já sabe quais caminhos você quer seguir profissionalmente</strong></p><p>Depois de muitos anos trabalhando numa área, você certamente já adquiriu experiência suficiente para entender quais temas são mais interessantes para você e, consequentemente, sabe identificar quais conhecimentos seriam mais vantajosos no dia a dia da empresa. Por esta razão, hoje você consegue tomar uma decisão mais segura do que quer fazer profissionalmente, de modo que também saberá <span style=text-decoration: underline;><a title=Veja 3 dicas para aproveitar o máximo dos seus estudos e conciliá-los com o trabalho href=https://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2015/04/14/1123191/veja-3-dicas-aproveitar-maximo-estudos-concilia-los-trabalho.html>aproveitar melhor as aulas</a></span> e os conselhos dos docentes na universidade.<br/><br/></p><p><strong>2 – Você quer seguir uma nova carreira</strong></p><p>Às vezes, continuar trabalhando no mesmo setor não é uma ideia que te agrade tanto e, por isso, a vontade de começar algo novo, mesmo que você não tenha tanta experiência na área, te instigue. Então, por que não usar a universidade para conhecer as novas possibilidades?<br/><br/></p><p><strong>3 – Finalmente você tem tempo para se dedicar aos estudos</strong></p><p>Agora que seus filhos já são independentes e você não precisa trabalhar em tempo integral para sustentá-los, por exemplo, você não tem mais desculpas para não estudar os assuntos que sempre te interessaram. Por esta razão, mesmo que você não pense em mudar de carreira, não hesite em se inscrever nas provas deste ano. Estudar, independentemente do tópico, pode trazer muitos benefícios, sobretudo com relação ao seu bem-estar.</p><p> </p>

Muito se discute sobre o retorno das atividades comerciais e industriais, relacionadas ao impacto mais direto que a pandemia trará para a economia brasileira, no entanto, deixamos de lado os debates e as ações sobre as atividades de ensino, inerentes à formação intelectual e ao desenvolvimento como um todo. Posto isso, entendo que as instituições de ensino em geral, referindo-me as faculdades, universidades, escolas de ensino básico, técnico, etc. deveriam ocupar um espaço mais central no debate em virtude de serem os centros irradiadores de conhecimento e formação de profissionais em nossa sociedade. Afinal, qual o papel das instituições de ensino neste momento tão delicado?

Para tanto, divido as funções essenciais destas instituições em 3: 1) São centros difusores de conhecimento e de informação; 2) Servem de “filtro” para as informações e para o conteúdo disponível e 3) São pioneiras em inovações voltadas à solução de problemas. Com base na importância dessas funções, cabe desenvolver mais especificadamente cada uma.

Em primeiro lugar, cumpre salientar a importância que o conhecimento e a informação detém neste momento. Não resta dúvida que para superarmos a pandemia do COVID-19 é preciso estarmos bem informados, mas, por vezes, o acesso à informação não atinge a todos da mesma maneira, não só porque a informação não alcança todos os indivíduos, como também porque carecem de uma pré-compreensão para interpretar esta informação. O papel das instituições de ensino estaria justamente em facilitar o acesso e o entendimento da informação, abrangendo o maior número de pessoas possível na comunidade.

Nesse sentido, o conhecimento, em especial neste momento de crise, pode estar fragmentado e até impreciso. Dito de outra forma, é preciso que exista um filtro acerca daquelas informações realmente verdadeiras e úteis, afastando a desinformação, uma das principais dificuldades enfrentadas na atualidade; reside aí mais um importante espaço a ser preenchido pela universidade. Ademais, uma última atribuição para as instituições de ensino está, precisamente, no desenvolvimento científico, teórico e técnico, ou seja, na pesquisa voltada para a inovação.  Muito noticiou-se sobre a participação de universidades na busca por uma vacina, na produção de respiradores alternativos e baratos, EPI’s e, inclusive, em pesquisas de campo e de opiniões que, muitas vezes, orientam as decisões tomadas pelos governantes. Portanto, é notória a importância das instituições de ensino em nossa sociedade, cada vez mais.

Como preceitua o artigo 207 da Constituição Federal: “As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. Além de garantir autonomia para as instituições de ensino, ainda que públicas, postula um princípio sob o qual será organizada a estrutura da atividade da educação.

A estrutura dessas instituições, especialmente a universitária, é formada pelos tríade: ensino, pesquisa e extensão. Estes três pilares fundamentais compõe o núcleo sob o qual é organizado o sistema de aprendizado. O ensino é a concepção mais tradicional, é a academia, transmissão de conhecimento entre professores e alunos de forma direta por meio de disciplinas curriculares. A pesquisa é nova produção ou organização de conhecimentos, é o ir além, aprofundar e inovar diante de problemas e controvérsias, sejam acadêmicas ou da vida prática, voltadas a apontar soluções e alternativas. Por fim, a extensão, como já sugere, é o ato de estender o conhecimento produzido na universidade além de seus domínios, dito de outra maneira, aproximar a sociedade daquilo que é discutido na instituição, em síntese, retribuir o investimento e devolver para a sociedade o que se espera.

Desta forma, esses baluartes, encaixam-se perfeitamente no papel das instituições de ensino na pandemia do COVID-19, pois a própria organização destas não permite que permaneçam inertes e fechadas, aquém da realidade, mas incentiva que busquem uma aproximação real com a sociedade e suas mazelas (extensão), oferecendo conhecimento e informação confiável (academia/ensino) e, especialmente, buscando soluções para os problemas enfrentados (pesquisa).

Com efeito, é imprescindível que o papel das instituições aqui apresentadas seja entendido e discutido de forma central, a fim de colocar em prática a real função a ser desempenhada pelas escolas, faculdades e universidades. Não devemos mais visualizar estas em um mundo à parte, mas sim, como verdadeiras engrenagens essenciais à serviço da comunidade e, cada vez mais, em comunhão de objetivos e conquistas.

Agradeço o apoio de todos e até a próxima.


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